Criogenia humana
Congelar um corpo é fácil. O que os cientistas não sabem ainda é como ressuscitá-lo
É a técnica de manter cadáveres congelados anos a fio para ressuscitá-los um dia. Hoje, isso já dá certo com embriões: óvulos fecundados podem ficar na “geladeira” com chances boas de sobreviver a um descongelamento – estima-se que perto de 60% deles conseguem vingar, dando origem a um bebê. Por isso, um bocado de gente acredita que isso ainda vai funcionar com seres humanos inteiros. Até agora, cerca de 270 pessoas já foram congeladas depois da morte e esperam por vida nova no futuro.
A criogenia é um ramo da físico-química que estuda tecnologias para a produção de temperaturas muito baixas (abaixo de -150°C). Quando liquefeitos, gases como o nitrogênio, hélio e oxigênio são usados em muitas aplicações criogênicas. Com isso, os cientistas do Cryionics Institute (CI) fundado em 1976 busca a preservação da vida por meio desta tecnologia, tendo como seu mentor Robert Ettinger, o “pai da criogenia” que utilizou o corpo da própria mãe como base do estudo.
Segundo, o Cryionics Institute imediatamente após a morte confirmada, o paciente é exposto a uma substância que impedirá a formação de gelo em torno do corpo. Em seguida, o corpo é resfriado a uma temperatura baixíssima, etapa em que, a exteriorização física é interrompida. A partir daí, o paciente é mantido por tempo indeterminado em “cryostasis“, ou seja, preservado em nitrogênio líquido.
Não há dúvida de que a criopreservação é possível, mas daí imaginar que o paciente é capaz de voltar a vida, já é outra história. Mesmo assim, membros do CI afirmam que ressuscitar um corpo morto será uma possibilidade real. Muitos testes com organismos biológicos foram criopreservados, armazenados à baixíssima temperatura em nitrogênio líquido e posteriormente reviveram. Os testes foram feitos em insetos, enguias e tecidos humanos (inclusive o cérebro) e pequenos órgãos de mamíferos. As técnicas tem caminhado para que cada vez mais, células, órgãos e tecidos voltem à vida depois de criopreservados.
Os cientistas do CI garantem que este procedimento não significa exatamente uma ressurreição de mortos, como um milagre religioso. A criogenia não poderá restaurar a vida de pessoas na qual seus cérebros tenham sido fisicamente destruídos. O que a criogenia garante, é que um corpo criopreservado limita danos em todas as estruturas e preserva de forma que possa voltar à vida.
Desde 2013, cerca de 270 pessoas foram submetidas a procedimentos de criopreservação, 100 destes estão no Cryionics Institute. E o procedimento pode não ser tão caro assim. Se você quer ter seu corpo preservado para uma “possível ressurreição” a partir de tecnologia futura, só precisa pagar o referente a US $ 28.000,00 assim que for dado como morto e depois, sua família precisa se comprometer com a manutenção mensal dos equipamentos.
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